Fazemos a esta declaração duas acusações: ao associar os Landmarks à Inglaterra, retira-se-lhes a universalidade sobre a qual todos estamos de acordo, e que se uma autoridade competente pode definir um Landmark, este não pode então ser considerado como sendo proveniente de uma época recuada e desconhecida!
Gould, o célebre autor da História Abreviada da Franco-Maçonaria parece aproximar-se de uma verdade que quase todos sentiram sem ousar conscientemente formular. Ele disse:
“Ninguém sabe o que eles compreendem ou omitem, e não dependem de nenhuma autoridade terrestre. Com efeito, são sempre invocados e postos em perigo quando um opositor nos ataca, mas são sempre silenciados quando nós próprios atacamos”.
O Dr. Mackey, enfim, de quem falaremos mais adiante, exprime-se assim no início da sua obra Jurisprudência e Franco-Maçonaria:
“E talvez mais prudente não reter (com o Landmark,) senão estes antigos e também universais costumes da Ordem, que foram impostos gradualmente com regras de acção ou foram editados por uma autoridade competente, mas numa época tão recuada que nenhuma menção da sua origem pode ser encontrada na história".
Destas diversas opiniões, o leitor reteve, sem dúvida, que é mais fácil dizer o que não são os Landmarks, do que defini-los com precisão. Só os seu caracteres de antigos guardiães, infrangíveis e misteriosos, parecem de facto ressair dos parágrafos precedentes. Nota-se com uma certa admiração que, nos Estados Unidos, parece julgarem necessário publicitar-lhe a definição.
Quais são os Landmarks?
Numerosas listas de Landmarks foram publicadas depois do nascimento da Franco-Maçonaria especulativa. Pela leitura do parágrafo precedente compreende-se, todavia, quantas de tais recensões podem diferir umas das outras, consoante a acepção da palavra Landmark, seguida pelos autores destas listas.
Poder-se-á assim notar com divertimento que Crawley não referia senão três Landmarks, enquanto Newton contava cinco, Pound sete, Pike onze, Morris dezassete, Mackey vinte e cinco e Grant cinquenta e quatro! (cf. Béde Os Landmarks da Maçonaria).
A lista mais conhecida é a de Mackey. Foi adoptada por numerosas Grandes Lojas dos Estados Unidos, as quais parecem ter uma tendência acentuada para a sistematização.
É talvez necessário a este propósito assinalar as Grandes Lojas das Ilhas Britânicas são se aventuraram a estabelecer tais enumerações.
Os Landmarks são de facto parte da Lei Maçónica fundamental dentro da regularidade e que todos jurámos, alguns mais que uma vez, cumprir e fazer cumprir. Estas e outras Leis. A palavra inglesa “ Landmarks “, literalmente, significa marco de terra, aquilo que delimita o nosso espaço.
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