CAUSAS DA EXCOMUNIÃO DOS MAÇONES
A Maçonaria não é uma sociedade secreta, no entanto podemos garantir que sua existência convive “com um segredo”.
É uma ordem que não depende do estado, nem da igreja.
A pergunta que surge então é: A Maçonaria tem o direito de possuir um segredo interno reservado apenas aos seus adeptos e de lhes impor o juramento de permanecer em silêncio?
A maçonaria sempre respondeu que “se”, por seu lado, a resposta da igreja é "não”.
Então surge a questão do conteúdo do segredo. Sabemos que tudo pode ser objecto de um segredo: tanto a caridade como o crime.
Entre os maçons podemos salientar que houve, o medieval que adorava a Deus e San Juan.
O maçom aceito do século 17, o Jacobita, o Deista, o TEÍSTA, Hermetista, o Simbolista e o Racionalista Moderno.
Não podemos pensar que esta aparente desunião seja um erro, uma vez que a maçonaria respeita a liberdade humana do adepto.
Quando o Papa Clemente XII lançou a primeira bula papal “IN EMINENTI APOSTOLATUS SPECULA” em 4 de maio de 1738, condenando e proibindo a maçonaria, perante a suspeita de que “alistar-se nestas sociedades, era contaminar-se com o selo da perversão e da maldade, porque tudo o fazem na escuridão do segredo e tal é a natureza do crime", dizia ele: que haviam sido realizadas investigações, mas não aponta nenhum fato preciso e se limita aos ataques gerais.
Acrescente a bula que vários crimes foram cometidos, o que nunca foi provado.
Seguiu o Papa Bento XIV que lançou o seu “PROVIDAS ROMANORUM PONTIFICUM” em 18 de maio de 1751 para moldar a “IN EMINETTI” e dois anos mais tarde promulgou a “SOLLICITA AC PROVIDA” sobre o índice omitindo o caso da maçonaria.
O Papa Pio VII publicou a sua encíclica “ECCLESIAM A JESU CRISTO” em 13 de setembro de 1821 e León XII não quis ser menos que seus antecessores e passou para a história do Vaticano com sua encíclica “QUO GRAVIORA” em 13 de março de 1825, acusando a maçonaria de heresia e contumacia, ao pretender abranger o seu direito à infabilidade eclesiástica.
A quinta “EXCOMUNION AD VITAM” foi a ditada por Pio IX em 8 de dezembro de 1864 sob o título de “QUI PLURIBUS” em que, tendo em conta o crescimento de uma ordem diabólica chamada maçonaria, declarou fora da igreja (PROFANUS) todos os que pertenciam a essa ordem, estendendo excomunhão para seus familiares e amigos.
Foi esse mesmo Papa, chamado Massai Ferretti, banqueiro de profissão e maçom por vocação, atingindo o 33o. ano como consta na obra “o banco do Papa” por João XII.
Não satisfeito com todas estas exclusões da igreja, Leon XIII lançou a sua encíclica “HUMANUMGENUS” em 20 de abril de 1884, renovada pela segunda e terceira vez em 15 de outubro de 1890 e 8 de dezembro de 1892.
O Papa João XXIII, fazendo uso do seu poder social, começou a tentar corrigir os antigos vícios católicos iniciando uma série de reformas. Daí surgiu a ideia de remover a excomunhão que os maçons tinham vindo sofrendo.
A Maçonaria nunca atacou a igreja, nunca discutiu seus dogmas.
Foi a Igreja Católica Apostólica Romana que tentou por todos os meios ao seu alcance, incluindo a excomunhão dos seus adeptos, destruir a Maçonaria.
(FONTE: MEU PRIMEIRO PASSO, ensaio publicado por Carlos Valledor S. em; Anotações do Preceptor, GLACH, 2015)
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