O Universo é vasto e deve existir a pelo menos 13 bilhões de anos. Apesar de conter um número gigantesco de galáxias, estrelas e planetas, o Universo é mais vazio do que imaginamos: a distância que separa os corpos celestes é geralmente muito grande.
Confira, no decorrer deste texto, algumas curiosidades sobre o nosso cosmo.
1. O Sol que vemos é do passado
A luz que chega aos nossos olhos quando olhamos para o Sol é de 499 segundos atrás.
A luz do Sol leva pouco mais de oito minutos para chegar até nós. Isso acontece porque a velocidade da luz é finita (aproximadamente 300 mil quilômetros por segundo) e a distância entre a Terra e o Sol é de cerca de 150 milhões de quilômetros. Por isso, quando observamos essa estrela, a imagem que vemos é do passado! Se ela desaparecesse por algum motivo inesperado, só saberíamos oito minutos e 18 segundos depois.
Para efeito de comparação, a Lua está distante, em média, 1 282 segundos-luz da Terra. Isso indica que a luz que ela reflete demora esse tempo para chegar até aqui, enquanto a luz do Sol demora mais de cinco horas e meia para chegar até Plutão.
Veja também: Qual é a cor do Sol?
2. Estamos a mais de 100.000 km/h
Você sabia que a Terra orbita o Sol deslocando-se com velocidades próximas a 107.000 km/h? Essa velocidade é variável, uma vez que a órbita terrestre não é perfeitamente esférica mas sim elíptica.
É por esse motivo que a velocidade da Terra muda: quando estamos mais perto do Sol, sua gravidade torna-se mais intensa, atraindo a Terra com uma força maior. A posição em que a Terra encontra-se mais próxima ao Sol é chamada periélio, enquanto a posição mais distante é chamada afélio.
Como se não fosse o suficiente, além de girar em torno do Sol com tamanha velocidade, a Terra ainda gira em torno do seu próprio eixo, com velocidade que pode chegar a mais de 1500 km/h. Isso de acordo com a sua posição em relação à linha do Equador: quanto mais próximo dela, maior é a velocidade de rotação.
O motivo pelo qual não sentimos nenhum desses movimentos de rotação está relacionado com a aceleração centrípeta. A aceleração centrípeta permite sentirmos que estamos em rotação, porém, no caso da Terra, como os raios dos movimentos de rotação e translação são muito grandes, a aceleração centrípeta produzida por eles é muito pequena se comparada à aceleração da gravidade.
3. Grandes bolas de gás
Apenas quatro planetas do Sistema Solar são telúricos, isto é, têm solo rochoso. Os planetas rochosos do Sistema Solar são Mercúrio, Vênus, Terra e Marte. Os demais planetas do sistema são formados exclusivamente por um grande amontoado de gases presos por uma grande interação gravitacional.
Júpiter contém o dobro da massa de todos os outros planetas do Sistema Solar.
Júpiter, Saturno, Urano e Netuno são os maiores planetas do Sistema Solar e também os que apresentam as maiores massas, mesmo sendo formados exclusivamente por gases. Apesar de serem gigantes e pesados, esses planetas são bem menos densos que os planetas telúricos.
Júpiter, por exemplo, é o planeta mais massivo de todo o Sistema Solar. Sua massa é menor do que um milésimo do Sol. No entanto, é também 2,5 vezes maior que a massa de todos os planetas do Sistema Solar juntos, o equivalente a 317 vezes a massa da Terra.
4. O ano galático
O ano galático é o tempo necessário para que o Sol complete uma volta em torno do centro da nossa galáxia, um tempo de, aproximadamente, 250 milhões de anos. A Via Láctea é uma galáxia espiral, e o Sistema Solar encontra-se em um dos seus braços.
O Sistema Solar orbita o centro de nossa galáxia, pois está preso à atração gravitacional exercida pelo Sol. Estima-se que todo o Sistema Solar realize esse movimento orbital a uma velocidade de, aproximadamente, 828 mil quilômetros por hora. No entanto, essa velocidade é muito pequena perante a nossa galáxia, que tem mais de 100 mil anos-luz de diâmetro.
5. Buracos negros
Ao contrário do que muitos pensam, os buracos negros não foram descobertos por Albert Einstein, mas foram propostos por Karl Schwarzschild. A existência dessas estruturas foi prevista por Schwarzschild como possíveis soluções para as equações da relatividade geral de Einstein.
Acreditava-se até recentemente que não seria possível obter uma imagem direta de um buraco negro, no entanto o projeto Event Horizon Telescope mostrou-nos o contrário ao publicar a primeira fotografia real de um buraco negro.
Os buracos negros são formados nos estágios finais de vida de estrelas muito massivas, isto é, aquelas que apresentam pelo menos 6 vezes a massa do Sol.
Quando o combustível dessas estrelas acaba, sua gravidade vence e elas sofrem um intenso colapso gravitacional, reduzindo drasticamente o seu tamanho.
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