A Ideologia Alemã

"A Ideologia Alemã", escrita por Marx e Engels entre 1845-1846, é uma crítica à filosofia idealista alemã, especialmente ao hegelianismo e seus desdobramentos nos neo-hegelianos.



A obra argumenta que as condições materiais e sociais moldam as ideias e representações dos indivíduos.

Marx, inicialmente influenciado pelo idealismo, desenvolveu uma abordagem materialista, criticando o materialismo de Feuerbach por não aplicá-lo ao campo social.

A obra introduz o conceito de falsa consciência, explicando que as ideologias distorcem a percepção das relações sociais e de dominação.

Marx defende que a história é um processo dinâmico baseado nas relações materiais e sociais.

A produção material é o primeiro ato histórico, e as transformações das forças produtivas geram novas formas de interação e luta de classes.

A consciência humana é um produto social e histórico, e a divisão do trabalho resulta em ideologias fundamentadas nas condições materiais da época.

Além disso, a análise materialista da história mostra que as contradições do capitalismo criam as condições para sua superação.

A transição do feudalismo para o capitalismo foi impulsionada pelo crescimento das forças produtivas, mas também gerou contradições entre capital e trabalho.
Marx critica as falsas representações impostas pelas ideologias, defendendo sua substituição por uma análise crítica e materialista. Marx também critica os jovens hegelianos, que limitavam sua crítica à religião e aos conceitos ideológicos, sem questionar a realidade material. Marx argumenta que a história deve ser compreendida a partir das condições materiais e da produção dos meios de vida.

A libertação, por fim, só ocorre com a revolução comunista, quando se superam as divisões de classe e se transforma a realidade material da sociedade.

Referência:
ENGELS, Friedrich; MARX, Karl. A ideologia alemã: crítica da mais recente filosofia alemã em seus representantes Feuerbach, B. Bauer e Stirner. Petrópolis, RJ: Vozes, 2019.

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